12, 13 março, 2024
Processig Community Day, Faculdade Belas Artes, Universidade do Porto
Entrada livre, registo obrigatório

[English below]

Um organismo ‘é’ a sua própria forma particular de ver a realidade. Enquanto a realidade existe, a forma como o mundo aparece a qualquer organismo é incompleta. A fim de se reproduzir e sobreviver, os organismos desenvolveram a capacidade de incluir o que é de importância biológica e de mascarar o que é irrelevante. Para isso, os organismos desenham habilmente limites em torno do foco da sua contemplação. Distinguem o saliente e os aspectos do mundo que motivam a ação, enquanto tudo o resto é ignorado, esquecido ou arquivado sob o tédio. Assim, a um nível fundamental, os seres humanos e outras espécies dividem o mundo em duas partes: figura e fundo (figure-ground), uma distinção que estrutura a forma como todos os seres experimentam os seus mundos.

Este workshop reconsidera a percepção humana da figura e do fundo. Para inspiração, exploraremos em conjunto obras de arte que captam as ambiguidades da situação fundo-fundo e cenários que brincam com a figura-figura; mas não estaremos a tratar ilusões ópticas ou teorias da Gestalt. Os participantes conceberão estratégias artísticas inovadoras para o seu trabalho de estúdio individual – de dentro para fora e de fora para dentro.

A lógica por detrás deste workshop foi desenvolvida de acordo com a peça do CADA ‘ground-ground’ que entende a realidade como um todo integral.  Introduz a ideia de que a cognição humana, tal como a cognição animal em geral, é profundamente ecológica.  O workshop também procura lembrar os participantes que um sentido de reciprocidade pode ser partilhado entre o espectador e o criador de uma obra de arte em termos de experiência – e neste contexto, entre os participantes.

Workshop prático com módulos teóricos.

ENGLISH

An organism is its own particular way of seeing reality. While reality exists, the way the world appears to any organism is incomplete. In order to reproduce and survive, organisms have evolved the ability to include that which is of biological significance and to mask out what is irrelevant. To this end, organisms skilfully draw boundaries around the focus of their contemplation. They distinguish the salient and those aspects of the world which motivate action, while everything else is ignored, forgotten or filed under boredom. Thus at a fundamental level, humans and other species split the world into two parts: figure and ground, a distinction which structures how all beings experience their worlds.

This workshop will reconsider the human perception of figure and ground. For inspiration, together we will explore artworks which capture the ambiguities of the ground-ground situation and scenarios which play with the figure-figure; but we will not be covering optical illusions or theories of Gestalt. Participants will devise novel artistic strategies for their individual studio work – from the inside-out and outside-in.

Datas/Date, horário/schedule e local/place
12, 13 março 2024; 9 – 13h
Faculdade Belas Artes, Universidade do Porto
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